No fechamento de 2024, a indústria de transformação paulista indicou resiliência e registrou crescimento nos indicadores, indica a pesquisa Levantamento de Conjuntura (Fiesp/Ciesp).
O maior crescimento deu-se nas horas trabalhadas na produção, com variação de 1,8%, quarto ano seguido de avanço. Em seguida, os salários reais médios cresceram 1,2% em 2024, terceiro ano com dados positivos desse componente.
Por fim, as vendas reais aumentaram 0,4% em 2024 quando comparadas com o ano de 2023 (-9,9%). Desde 2015, em apenas dois anos as vendas reais do setor manufatureiro do estado de São Paulo cresceram no encerramento do ano, 2021 (+0,7%) e 2024 (+0,4%).
Os dados da variação no ano não contam com ajuste sazonal.
Segundo o economista-chefe da Fiesp, Igor Rocha, “devido ao aperto monetário, a um cenário externo incerto e às condições financeiras em patamares restritivos, a Fiesp projeta que o PIB da indústria de transformação nacional deverá crescer 1,1% em 2025, desacelerando frente a expectativa de alta de 3,6% em 2024%”.
Variação mensal – Na leitura de dezembro, porém, todos os indicadores ficaram no terreno negativo na comparação com o mês anterior. A principal redução no mês ocorreu no NUCI, que passou de 79,8% em novembro para 76,3% em dezembro. Também em movimento de queda neste período, as vendas reais, as horas trabalhadas na produção e os salários reais médios variaram -2,6%, -2,2% e -1,0%, respectivamente.
Já no que se refere ao último trimestre de 2024, apenas as horas trabalhadas na produção avançaram em comparação com o período imediatamente anterior (+0,5%), configurando quatro trimestres de crescimento do indicador (do 1º ao 3º trimestre, em ordem: +1,2%, +0,5% e 1,8%). As vendas reais retraíram 0,3% entre outubro e dezembro na comparação com o trimestre de julho a setembro quando avançou 2,2% frente ao trimestre anterior. Já os salários reais médios, com variação de -0,2%, devolveram a alta indicada no 3º trimestre, quando cresceram 0,2%.
Fonte: FIESP