Os impactos das mudanças na NR 1, que determinam a inclusão de riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) das empresas, foram o mote da reunião do Comitê da Cadeia Produtiva do Papel, Gráfica e Embalagem (Copagrem) da Fiesp.
O encontro foi coordenado pelo presidente do comitê, Dr. Levi Ceregato, e contou com apresentações de Flávio Unes, diretor titular do Departamento Jurídico (Dejur) da Fiesp, e Luiz Antonio Chiummo, engenheiro de segurança da Gerência Jurídica Corporativa (GJC) da Fiesp.
Entendendo a NR 1 – Prevista inicialmente para entrar em vigor no próximo dia 26 de maio, a implementação da norma deve ser adiada para 2026. A decisão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ainda precisa ser publicada no Diário Oficial e atende a pedidos de entidades empresariais que precisam de mais tempo para entender e se adaptar às mudanças.
Na abertura da reunião, Ceregato falou do excesso de normas existentes e ressaltou o esforço do Dejur para interpretar as medidas. “Temos 35 NRs hoje que devem ser cumpridas. Respeitamos e devemos respeitar sempre a classe laboral. Gosto de exercitar o otimismo, vai ser bom prorrogar por um ano”, frisou.
“Não é que não queremos análise do risco psicossocial, mas precisamos avaliar os impactos”, pontuou Flávio Unes, para quem é necessária análise aprofundada do ato normativo.
Enquanto espera-se que o governo detalhe melhor os critérios que devem ser observados com a mudança, Chiummo ressaltou que, em breve, o Sesi-SP colocará à disposição de todos uma ferramenta para avaliação dos riscos psicossociais relacionados ao trabalho. O material, segundo ele, é rico e bem didático.
“Além dessa ferramenta do Sesi, os empresários já podem adotar algumas sugestões como possíveis caminhos, tudo de forma voluntária, para a prevenção da saúde mental. Eles podem, por exemplo, criar programas de qualidade de vida, de incentivo à prática de esportes, de ginástica laboral, de alimentação saudável, e outras práticas para contribuir no controle de estresse”, finalizou.
Fonte: Portal da FIESP