Tendo como cenário o resort e hotel Tauá, em Atibaia (SP), gráficos e profissionais do ramo editorial de todo o país discutiram o presente e o futuro do livro no evento organizado pela CBL (Câmara Brasileira do Livro) cujo tema central foi “O livro que nos une”.
Com patrocínio da ABIGRAF-SP e do Sindigraf-SP, o encontro aconteceu de 2 a 4 de agosto e trouxe uma programação de palestras que contou com a participação de personalidades do setor como Wellington da Silva Rehder (Diretor da ABIGRAF-SP e da Viena Gráfica e Editora), Ronaldo Junior (Especialista em Produto Sheetfed da Heidelberg do Brasil), Sidnei Nastasi (Consultor de Vendas da Heidelberg do Brasil), Fabio Gabriel dos Santos (Vice-presidente da ABIGRAF-SP e Diretor da Leograf Gráfica e Editora) e de João Scortecci (Presidente da ABIGRAF-SP e do Grupo Editorial Scortecci), que explanou sobre a Lei Cortez (que visa regulamentar o comércio varejista de livros).
Manifesto das Entidades do Livro contra a decisão do governo de São Paulo de não aderir ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)
Editores, livreiros do Brasil reunidos nesta quarta-feira, 2, em Atibaia, São Paulo, no 2° Encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos, manifestam profunda preocupação com a decisão anunciada pelo governo de São Paulo de excluir o estado do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Igualmente preocupados encontram-se os autores dos livros educativos.
O PNLD, referência de política pública exitosa por mais de oito décadas, é um instrumento de garantia de pluralidade, qualidade didático-pedagógica e de transparência.
A decisão, se mantida, afetará ao menos 1,4 milhão de alunos e mais de 100 mil professores do Ensino Fundamental II. São 10 milhões de livros a menos em 2024 que deixarão de chegar às mãos dos alunos paulistas.
Sair do PNLD significa abrir mão da diversidade de conteúdos e limitar a autonomia dos professores. Por outro lado, o uso de um conteúdo único, como proposto pelo governo, implica não considerar as múltiplas características de alunos e territórios.
Ao adotar apenas o conteúdo digital, existe um prejuízo no aprendizado, como demonstram estudos internacionais. Há também um grande risco de excluir grande parcela dos estudantes. Isto também oneraria os cofres públicos de São Paulo, além do orçamento, pois seria necessário a criação do material e também os equipamentos para acesso ao conteúdo digital.
A cadeia produtiva do livro lamenta a decisão da secretaria de Educação do estado de São Paulo. As perdas causadas pela ação, se não forem revertidas, serão irreparáveis.
Assinam o manifesto: ABDL, ABEU, Abrale, Abrelivros, ABIGRAF, ANL, CBL, IBA, LIBRE, SINDIGRAF, São Paulo, SNEL.