A Abigraf-SP abre o ano com um bate-papo com João Scortecci. Escritor, editor, gráfico e livreiro. Atual presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica, regional São Paulo. Na conversa, ele fala sobre os planos para sua gestão e faz um balanço dos últimos meses à frente da entidade.
Qual balanço você fez nesses últimos 6 meses como presidente em exercício da Abigraf-SP?
O ano de 2022 foi intenso. Eu diria: incrível. Muita coisa boa aconteceu na entidade, no setor e na indústria gráfica: os prêmios de excelência gráfica – Luiz Metzler e Fernando Pini, as feiras – Expoprint/Fespa, Future Print, Escolar e Bienal do Livro de São Paulo -, o encontro o “Livro que nos une”, histórico para o setor do livro, a reforma e modernização do prédio da entidade, a TV Abigraf, a Biblioteca Abigraf, com obras de referência sobre a indústria gráfica, o 23º Anuário da Indústria Gráfica e o Estudo Setorial da Indústria Gráfica.
Quais ações podemos esperar para sua gestão? Quais seus objetivos?
O nosso objetivo é fortalecer a indústria, em especial o setor gráfico, oferecendo assistência aos nossos associados, dando suporte, consultas, assessorias e prestando diversos serviços neste período de grande resiliência. Para isso compartilhamos experiências, contribuímos para a melhora do ambiente de negócios e respondemos às demandas do mercado por desenvolvimento tecnológico e inovação de produtos e serviços. Muitas novidades estão por vir.
Qual marca você espera deixar na história da indústria gráfica ao fim de seu mandato?
Hoje estou presidente da Abigraf-SP e no meu último mandato. Quando terminá-lo terei, então, contribuído 20 anos do meu esforço coletivo para a entidade.
Qual sua avaliação do setor neste momento?
O setor diminuiu e sofreu muito. A desindustrialização é uma realidade no Brasil e no mundo. Não podemos somente sobreviver e resistir, com bravura. Não somos super-heróis. Precisamos do lucro, do crescimento sustentável e da segurança jurídica. Tudo que não temos hoje, infelizmente.
Além de presidente da Abigraf-SP, você é editor e gráfico. Qual o futuro deste segmento?
Futuro é algo que depende – sempre – do trabalho de hoje. Eu acredito! Não podemos viver do passado e muito menos no passado.